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Nikola Tesla
Nascido em 10 de julho de 1856 na Croácia, Nikola Tesla foi um grande inventor nos campos da engenharia mecânica e eletrotécnica. Seus estudos formaram as bases de sistemas de potência elétrica em corrente alternada, sistemas polifásicos de distribuição de energia e o motor AC.
Depois da demonstração do rádio por Tesla, em 1894, e após vencer a batalha das correntes juntamente com George Westinghouse, ele passou a ser amplamente respeitado. Ganhou diversos prêmios e honrarias como a Medalha Elliott Cresson, a Medalha Edison IEEE e o Premio John Scott. A unidade do SI que mede a densidade do fluxo magnético, o tesla (T), foi nomeada em sua honra. Isso além de ele ter uma cratera na lua (cratera Tesla) e um asteroide (asteroide 2244 Tesla) em sua homenagem

Tesla estava tão à frente de seu tempo e tão incompreendido que foi chamado até de cientista louco. Muitos de suas descobertas foram revolucionarias e rivalizavam com as qualquer outro cientista da época.
Autor de inúmeros experimentos, é mais conhecido por trabalhos como a famosa Bobina de Tesla, a Turbina de Tesla, o Oscilador de Tesla, o Raio da Morte, o Motor de indução, o Canhão de feixe de partículas; e esses são só alguns exemplos. O que eu considero mais emocionante e que será o tema principal deste artigo é a transmissão de energia sem fio.
Imagine só como seria se não precisássemos de fios. Nunca mais fio! A energia está no ar, basta usá-la. Também não precisaríamos mais de baterias, afinal, a energia está no ar. Sem fios, sem tomadas, sem nunca mais se preocupar com a bateria fraca do seu celular. E os carros... Poderíamos usar carros elétricos sem “esquentar a cabeça” com a pequena autonomia pois, não precisa ser recarregado. Use a sua imaginação. São infinitas as possibilidades para o uso da energia elétrica sem fio.
Essa ideia é mais antiga do que parece, e já no século 19, mais precisamente em 1894, o grande Nikola Tesla, através de um processo chamado indução eletrodinâmica, conseguiu “acender” uma lâmpada sem o uso
de nenhum cabo de energia. O brilho não era satisfatório e ele usou uma gerigonça imensa para fazer isso; mas cara... isso foi a 100 anos atrás.
Em 1988, um grupo de estudos liderado por John Boys criou o primeiro protótipo de uma fonte de alimentação que dispensava o contato físico com os equipamentos, mas foi somente em 2008, que a Intel, reproduzindo os modelos de Tesla o do grupo de John Boys, consegui de fato fazer funcionar de maneira satisfatória.

O processo físico de transmissão de energia sem fio é bem parecido com o usado nas telecomunicações, mas, o foco dos cientistas está na eficiência com que essa energia é entregue. Essa eficiência pode ser entendida como a capacidade de o equipamento converter energia, seja ela qual for, em energia elétrica.
Você deve estar se perguntando: “Mas eu não vou levar choques constantes ao sair de casa? ”. A resposta é não, pois essa energia não vai circular no ar do mesmo jeito que em cabos. Inclusive, já foi criado o Consorcio de energia sem fio (Wireless Power Consortium), que deve regulamentar e padronizar todos os dispositivos de transmissão de energia sem fio.
Essa tecnologia já é usada, mas é claro, em escalas bem pequenas. Na verdade, a maioria dos equipamentos possuem componentes elétricos que não se tocam, mas transmitem energia por meio da indução. Já existem também carregadores sem fios, mas com um alcance limitado. A transmissão de energia elétrica sem fio tem sido usada de forma bem menos ambiciosa do que nos protótipos que hoje conseguimos projetar. A ideia é pegar o princípio já conhecido e usado e aplica-lo em larga escala

A indução eletromagnética funciona da seguinte: no transmissor, ligado a uma fonte de energia, a corrente elétrica passa através de uma bobina – um rolo de arame – e gera um campo magnético. Quando esse campo magnético atinge uma outra bobina no receptor uma corrente elétrica é gerada oferecendo energia para o equipamento. Essa energia é transmitida através de campos eletromagnéticos que oscilam em altas frequências que variam de 100 mil a 10 milhões de vezes por segundo, e o alcance desse campo depende do tamanho das bobinas.